domingo, 25 de agosto de 2013

Périplo 2011, Eslovénia - Dia 14: De Asti a Tarbes

Embora não fizesse parte dos nossos planos, estando tão perto, não podíamos deixar de visitar Asti. Madrugámos, pois tínhamos uma grande tirada pela frente. Na verdade, acordámos com o cantar intenso de pegas, o que nos encantou.
 
O guia da American Express não nos dizia nada de relevante para justificar a visita, mas estávamos curiosos por calcorrear outra cidade italiana. As poucas impressões que tínhamos não eram muito boas: algo degradadas, de cores pouco alegres. E Asti não surpreendeu. Estivemos ali umas duas horas, num passeio relaxado, a apreciar pequenos pormenores, como o do preço do calçado! Acabámos por comprar duas garrafas de Asti como recordação. E pouco mais. Mas pareceu uma cidade calma, minimamente agradável para se viver.
 


 
Entre Asti e a fronteira, ultrapassámos um explorador extraordinário. Sonhámos com as aventuras que teria tido e invejámo-lo. Passámos de Itália para França através do túnel de Fréjus. Escandalizados! 36.80 euros para percorrer cerca de 12 quilómetros, pagos à entrada! Rogámos cobras e lagartos e perguntámo-nos se muitos já não teriam chegado ali e voltado para trás por não disporem da quantia exigida! Ou não a querem pagar!
 
 
A paisagem em redor de Grenoble deixou-nos entusiasmados e com vontade de ali voltar com tempo. Mas conscientes de que o mundo é demasiado grande para podermos satisfazer todas as nossas vontades e sonhos. Mas também: querer é poder; ou é, pelo menos, o seu primeiro passo.
 
Entre Nîmes e Narbonne apanhámos muito mau tempo: chuvas intensas e um céu escuríssimo! Nem pensar em acampar naquelas circunstâncias, a não ser que estivesse diferente mais adiante, perto de Carcassonne (não era a primeira vez que apanhávamos mau tempo perto de Narbonne, que parece ter um microclima especial, talvez pela confluência dos Pirineus e o Mediterrâneo). E não é que estava mesmo! Tentámos acampar no camping de Carcassonne, nosso conhecido, mas em vão. Às oito da noite é quase impossível arranjar-se um lugar num parque tão bem situado como aquele. Não conseguimos estabelecer contacto telefónico com o camping mais próximo (e que ainda era distante), pelo que decidimos avançar na viagem e arriscar uma tirada direta até Portugal, com algum descanso numa estação de serviço durante a madrugada. Como é nosso hábito, informei o meu irmão do nosso ponto de situação e das nossas intenções. Demoveu-nos e acabámos por dormir novamente no Ibis de Tarbes, onde chegámos por volta da meia-noite. No trajeto final, mantive-me desperto a ouvir um R. Madrid - Barcelona na Rádio Nacional de Espanha, enquanto a Lili picava o ponto do primeiro sono.
 
Quilometragem: 5060 (1011 no dia)
 
Ir para: Dia 0    Dia 15


Sem comentários: