sábado, 24 de agosto de 2013

Périplo 2011, Eslovénia - Dia 13: um desejo na ilha de Bled e início do regresso

O primeiro dia do fim: iniciamos hoje o regresso a Portugal, que planeámos realizar em três dias. Mas antes de deixarmos Bled, embarcamos numa última aventura. Literalmente. Por 10 euros, e após o check-out do camping de manhã muito cedo, alugámos um barco giraço para remarmos até à ilha de Bled - a única ilha da Eslovénia -, onde se encontra a Igreja da Assunção e onde é tradição tocar-se o sino da torre e pedir um desejo. E não queríamos deixar de o fazer. A viagem em grupo, conduzida por um barqueiro, ficar-nos-ia por 12 euros/ pessoa. Achámos que os 14 euros que pouparíamos seriam melhor investidos em cervejas e chouriços, ainda que não soubessemos onde enfiar mais alguma coisa no carro.
 
Como poderão constatar pelas fotos que se seguem, foi um esforço hercúleo. O barco devia pesar uma tonelada! A meio do trajeto de regresso, pensei que me faltariam as forças. Fiquei com as mãos completamente dormentes e perdi um ou dois quilos em suor... Para além disso, no trajeto de ida, ainda tivemos um arrufozito por causa dos enquadramentos fotográficos da Lili, quase eternos. Mas... mas se não valeu a pena! E o desejo que formulámos fica só para nós, claro!
 

 


 


 
 
Se repararam, o relógio da torre da Igreja da Assunção estava avariado. Conseguimos sair de Bled por volta das 11 da manhã. E ao contrário do que me é costume, ainda não tinha decidido a rota a seguir; ia com umas vontades de continuar a explorar... E como não se devem contrariar as vontades, virámos a norte: atravessaríamos a fronteira mais a norte entre a Eslovénia e a Itália, perto de Tarvisio, e desceríamos então até Udine. Deste modo, não repetíamos trajetos e víamos novas paisagens, como estas, ainda na Eslovénia, a anunciarem o outono.
 
 
Não fazíamos ideia de onde acampar; procuraríamos um parque o mais tarde possível para somar o maior número de quilómetros que pudéssemos. A meio da travessia do norte de Itália, perto de Alessandria, decido não prosseguir para sul e percorrermos a costa da Ligúria, como fizemos na vinda, mas sim continuar a explorar... No dia seguinte, atravessaríamos a fronteira de Itália e França perto de Turim.
 
Tivemos dificuldade em encontrar um parque de campismo nesta zona de Itália, no percurso da A21-E70, menos voltada para o turismo. Mas depois de muitas voltas (com a ajuda preciosa do GPS - que mesmo assim não foi total), conseguimos encontrar um nos arredores de Asti - a terra do vinho spumante feito de moscato bianco.
 
Ao jantar, tivemos bife e batata frita acompanhados de feijão preto. E de uma magnífica cerveja italiana de nome Menabrea.
 
 
Nota do dia: em alguns parques de campismo continuam a pedir que deixemos o BI/CC na receção, o que contraria a lei. Em alguns casos, é por teimosia e por razões de segurança financeira ("com o cartão na nossa posse, não podes fugir sem pagar"); noutros, porque necessitam de efetuar o registo de vários dos dados constantes do documento de identificação, o que leva o seu tempo, sobretudo se for um camping grande e com muito movimento. Insistimos sempre em não os deixar, mesmo que tenhamos de voltar à receção mais tarde para os recolher.
 
Quilometragem: 4045 (719 nesta jornada)
 
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