segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Tons de Duorum

Enólogo dos Tesos
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Notas prévias: o autor destes dislates percebe tanto de vinhos como de grego moderno, ou seja: o suficiente para não se perder nas ruas de Atenas (e com a ajuda de um mapa) ou para não morrer de fome bruta; por outro lado, o texto do Enólogo dos Tesos que precedeu estas palavras é o que apresenta, sistematicamente, a par de um outro da coluna Aqui Bem Se Come, relativo ao restaurante A Cabana, na Apúlia, o maior número de leituras no Viandante. Dir-se-ia que estão bem um para o outro. Misteriosamente...
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À mesa, hoje, tivemos uma garrafita de apresentação sóbria: Tons de Duorum, 2009, tinto. Uma visita recorrente, à medida da bolsa familiar e merecedor do carinho que prestamos a cada prato confeccionado neste lar. O Tons só pode ter sido concebido num dia de estio, abrasador e solarengo: tem um nariz de muita fruta, no limite do maduro, das compotas; e rosas vermelhas, pujantes de cor. Na boca é sobretudo floral, intenso e prolongado. É no palato que a sua origem duriense se nota mais intensamente. E na cor, de um Burgundy profundo, espesso. Para sobremesa acompanhou umas rabanadas de Fevereiro extraordinárias, receita de mãe e mãos de esposa. Um casamento perfeito em dia de S. Valentim.
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Na maioria das superfícies comerciais não ultrapassa os 4 euros. Plenamente justificados, se se consumir entre os 16 e os 17º a acompanhar pratos de carne ou sobremesas sublimes. À nossa!
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