segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Croácia (Périplo 2012), dia 11: Parque Nacional dos Lagos de Plitvice

Para uma melhor visualização, clicar em qualquer uma das fotografias
 
 

Depois de um pequeno-almoço simples e antes de rumarmos a norte, visitámos a fortaleza de Knin. Justificaram-se os 3 euros pelos dois bilhetes com a vista sobre toda a cidade e o vale circundante. Mantivemos a impressão nocturna do dia anterior: de que Knin, pese o seu papel na história da Croácia, era uma cidade algo desinteressante, pouco moderna.
 
Planeávamos visitar o Parque Nacional dos Lagos de Plitvice e, se possível, acampar perto de Zagreb. O trajeto de Knin aos lagos de Plitvice foi muito agradável, marcada por vales abertos e montanha pouco agreste. As poucas aldeias por que passámos tinham um aspeto diferente do havíamos visto até ali, mais próximas do tipo de construção e gosto das casas da Eslovénia, em madeira e com floreiras nas varandas.
 

A entrada no Parque Nacional dos Lagos de Plitvice custou-nos 15 euros a cabeça (105 Kuna). Mas sabíamos ao que vínhamos, por isso não hesitámos. Para mais, incluía transporte em autocarros articulados e uma viagem de barco entre vários pontos do trajeto. Havia vários percursos para escolha: optámos pelo H, de cerca de 8 quilómetros (a pé, sem contar com os trajetos de autocarro e de barco). Calculávamos necessitar de 3 a 4 horas para o fazer, mas sem certezas. Queríamos desfrutar deste parque mundialmente conhecido, mas também ainda queríamos pernoitar perto da capital, a cerca de 100 quilómetros de distância dos lagos.
 
 

A viagem de autocarro até ao ponto de partida do nosso percurso foi uma aventura agradável, estonteante. Eram centenas, milhares de viajantes e turistas a quererem percorrer as belezas naturais da região. Estava tudo muito bem organizado e preservado, de modo a tornar inesquecível esta experiência. Há poucas palavras para descrever o que víamos, por isso deixamos a fotografias falarem por nós:
 
 
 







A área de restauração construída em pleno parque, que encontrámos depois de uma curta viagem de barco sobre um lago azul turqueza, é um encanto e uma manifestação de saber e bom gosto. Trazíamos umas sandocas connosco, mas esquecêmo-las rapidamente (ficavam para o lanche!). O churrasco soube-nos pela vida, ali, no meio de uma das paisagens mais belas deste planeta extraordinário. E nada melhor do que uma Velebitsko para celebrar a ocasião! Sem dúvida a melhor cerveja croata que provara até ao momento. Estranhamente, ainda não a tinha visto à venda em lado nenhum!

De estômago composto e alma lavada, retomámos o nosso percurso, que já ia longo, nas pernas e no tempo.










6 horas depois, chegámos ao final do percurso. Uma estafa inesquecível! É, sem dúvida, uma paragem obrigatória para quem venha à Croácia.

No parque de estacionamento vimos o primeiro veículo com matrícula portuguesa - uma autocaravana que, comentei com a Lili, quase jurava já ter visto na Eslovénia, no ano anterior. Ilusão do cansaço, certamente.

Partimos em direção ao parque de campismo Terme Tuhelj, nos arredores de Zagreb, onde chegaríamos já noite e com muita ajuda do GPS (telefonámos antes a reservar um alvéolo). O parque fazia parte de um complexo termal e a receção fazia-se ao balcão do hotel. Enquanto preenchia a documentação perguntei pelo preço do quarto duplo. Pelas duas noites que pensávamos ali ficar seriam 194 euros, com pequeno-almoço, jantar e acesso ilimitado ao complexo termal. Fiz um cálculo mental rápido e olhei para a Lili, mais forreta do que eu nestas coisas. Fui mais forte do que o seu olhar-de-não e pedi ao rececionista para rasgar o impresso que acabara de preencher. Dormiríamos entre lençóis fresquinhos. E ainda pudemos jantar, mesmo passando da hora.

Conta-quilómetros: 4320 (310 no dia)

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