quinta-feira, 12 de abril de 2007

Mentiras (I)

Palavra Esparsa
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"O valor das pensões dos funcionários públicos é, em média, quase três vezes maior que o dos reformados do sector privado, apurou o Diário Económico.
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Enquanto a pensão média no regime geral da Segurança Social é de 370 euros, a da Caixa Geral de Aposentações (CGA) era, segundo dados de 2005, os mais recentes disponíveis, de 1.105 euros."
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É MENTIRA!
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Esta notícia (excerto retirado do Diário Económico online) foi veiculada por vários órgãos de comunicação social. E só pode ter sido veiculada por pelo menos uma de três razões: incompetência jornalística, por não analisar os factores que determinam essa diferença; tentativa de manipulação da opinião pública por parte dos órgãos de comunicação social que a divulgaram, sabe-se lá com que intenção; ou tentativa de manipulação da opinião pública por parte do governo com a conivência (consciente ou não) dos órgãos de comunicação social.
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E o que é mentira não são os números. Esses deverão estar correctos. A falácia prende-se com a omissão das razões que levam à existência desse diferencial entre as pensões de reforma dos funcionários públicos e as do regime geral da Segurança Social.
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O que se pretende (ou se diz por incompetência, para ser benévolo) com uma notícia destas é dizer que os funcionários públicos são beneficiados. Quando a verdade é que a maior parte dos seus quadros são licenciados: professores, médicos, enfermeiros, juizes... E numa proporção que deve ser bem mais do que 3 vezes superior à de licenciados no regime geral, onde a fuga ao fisco e às contribuições para a Segurança Social são o que todos conhecemos. E isto sim, mereceria um estudo honesto.
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Isto é manipulação pura! Por favor, expressem a vossa indignação!
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