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O Portinho da Arrábida é uma das aldeias mais bonitas do nosso Portugal. E onde se está bem, comer bem se quer, pois claro! Há vários restaurantes de renome bem no centro da aldeia, naquele cotovelo de mar abençoado, a um olhar da praia.
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Mas não é aí que vos aconselhamos a nutrir a alma: ao descer a serra, a parcos duzentos metros dos semáferos que controlam o acesso à aldeia, do lado esquerdo - o da serra -, e com ampla vista sobre o Atlântico e o Estuário do Sado, mora a Cervejaria Mafalda. Há cinco anos, vi aqui, pela primeira vez, uma alfarrobeira - do outro lado da estrada, em frente a esta casa de comeres humildes e amiga da carteira. Ainda cá está, bengala de memórias.
Mas não é aí que vos aconselhamos a nutrir a alma: ao descer a serra, a parcos duzentos metros dos semáferos que controlam o acesso à aldeia, do lado esquerdo - o da serra -, e com ampla vista sobre o Atlântico e o Estuário do Sado, mora a Cervejaria Mafalda. Há cinco anos, vi aqui, pela primeira vez, uma alfarrobeira - do outro lado da estrada, em frente a esta casa de comeres humildes e amiga da carteira. Ainda cá está, bengala de memórias.
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Se não vierem com muita fominha, não comam mais nada: a sopa do mar que em cima se ilustra, servida sobre pão alentejano (peçam-no, em vez das tostinhas sugeridas), justifica os dez euros pedidos (dose farta para duas pessoas) e fará esquecer muitas outras iguarias de boa recordação.
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Perguntámos pelas sardinhas, mas aconselharam-nos o robalinho: "não trouxe sardinha - não estava como eu gosto", explicou a funcionária, num apontamento que diz tudo. Veio, como já a sopa tinha vindo, pelas mãos da D. Maria Antónia, a proprietária e cozinheira desta tasca aprazível há 57 anos. E veio grelhadinho no ponto, a desfazer-se na boca, com umas batatinhas cozidas que não lhe fizeram jus. Era peixe de mar saborosíssimo e por isso pedia um tubérculo à altura. Também faltavam uns grelinhos cozidos, mas isso já são gostos pessoais. Em todo o caso, aquela sopa desculpa tudo!
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Depois do almoço tardio e de menos vinte e quatro euros na carteira, que também pagaram um queijinho derretido, azeitonas e um branquinho da Bacalhoa, caminhámos um pouco estrada abaixo, sob um sol de Fevereiro primaveril. O suficiente para, naquela curva apertadíssima junto ao Museu Oceanográfico, poder rever a enseada belíssima do Portinho da Arrábida. Regressámos realizados e com a digestão em trote alegríssimo.
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À mesa: o Viandante e a Liliana
Serviço: simpático e prestável
Ambiente e Decoração: simples e humilde
Higiene: razoável
Preço: muito bom
Avaliação geral: 8/10
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